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A Primeira Travessia do Atlântico Sul e a construção de lugares de memória no Rio de Janeiro: Sacadura Cabral, Gago Coutinho e o Patrimônio Material da cidade

Resumo

Este artigo investiga como a memória da primeira travessia aérea do Atlântico Sul — realizada em 1922 pelos aviadores portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho — permanece inscrita no tecido urbano do Rio de Janeiro por meio de monumentos e placas de ruas. A análise concentra-se em dois marcos principais: o monumento em homenagem a Gago Coutinho, inaugurado no bairro do Catete em 1969, e as ruas localizadas na Zona Sul e centro da cidade que recebem os nomes dos aviadores. A partir do referencial teórico de Pierre Nora (1984) e Jacques Le Goff (1990), e dialogando com os estudos sobre os topônimos, o artigo compreende esses elementos como patrimônios materiais e lugares de memória, onde o passado é condensado simbolicamente.

Palavras-chave

Rio de Janeiro, primeira travessia aérea do Atlântico Sul, lugares de memória

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Biografia do Autor

Andréa Casa Nova Maia

Professora Associada de História do Brasil Republicano e História da Arte do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Doutora em História social da cultura pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Diogo Nunes de Oliveira

Mestrando em História pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada, Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHC/UFRJ), Bacharel e Licenciado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


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