Essa Kizomba é Nossa Constituição: O exercício do direito fundamental à memória negra através do samba, por Martinho da Vila
Resumo
O presente estudo visa interpretar parte da trajetória de Martinho da Vila dentro da escola de samba Unidos de Vila Isabel como um exercício do Direito à Memória, previsto na Constituição Federal Brasileira de 1988 nos artigos 215 e 216, que dispõem sobre o fomento à cultura e colocam as referências negras, bem como suas identidades, como parte da formação do que se entende como patrimônio cultural nacional. Com isso, pelo desdobramento jurídico, se analisará a movimentação cultural promovida pelo sambista e suas contribuições para a comunidade negra carnavalesca.
Palavras-chave
Direito à Memória, Escola de Samba, Martinho da Vila
Biografia do Autor
Kamila Maria da Silva
Graduanda em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Referências
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