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Porto do Rio de Janeiro: um Panorama da Sua Operação no Século XIX

Resumo

Este artigo tem por objetivo central fazer um panorama da operação portuária pré-capitalista no Rio de Janeiro imperial. Para tanto, procuraremos deslindar como a Formação Econômico-Social do Centro-Sul brasileiro se inseriu na Divisão Internacional do Trabalho através do complexo agroexportador cafeeiro, pressionando o porto da Corte a se expandir no espaço, desenvolver o seu processo produtivo e construir novas infraestruturas, embora ainda obedecesse à mesma lógica. Também buscaremos sopesar as modificações da/na evolução urbana do Rio de Janeiro acarretadas por esse movimento, levando em conta a área da cidade em processo de “portuarização”. Por fim, buscaremos explicitar a capacidade reprodutora das unidades portuárias tradicionalmente estabelecidas: a resiliência dos trapiches é a prova que a lógica pré-capitalista sobreviveu ao século XIX, apesar das limitações persistentemente criticadas e das suas contradições, cada vez mais agudas, com relação à ferrovia e à navegação a vapor.

Palavras-chave

Porto, Rio de Janeiro, Operação Portuária

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Biografia do Autor

Thiago Vinícius Mantuano da Fonseca

Graduado, Mestre e Doutorando em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Bolsista do Programa de Excelência Acadêmica pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e Estagiário Sênior do Projeto Acervo SPU-MPOG/UFF/BID.


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