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À margem da preservação: o patrimônio edificado da Avenida Presidente Vargas

Resumo

Neste artigo, discute-se a produção da Avenida Presidente Vargas, desde sua proposta urbanística até sua concretização no tecido urbano do Rio de Janeiro, ao longo de mais de 70 anos, por meio da análise do processo de reconhecimento do patrimônio cultural edificado na área central da cidade. No contexto da proteção do monumento excepcional, de valor artístico e histórico nacional, a Avenida Presidente Vargas esteve no centro do embate entre a preservação e o desenvolvimento urbano à época de sua abertura: um projeto transformador que destruiu, agregou e produziu patrimônio. A partir da década de 1980, com a ampliação do arcabouço patrimonial que passou a valorizar as arquiteturas menores e a ambiência do conjunto urbano que estas compõem, a Presidente Vargas ficou à margem dessa discussão atualizada, que considerou como digno de preservação seu casario circundante. Quatro décadas se passaram desde que foram lançadas as bases desta política de preservação, revelando a necessidade de uma revisão de conceitos, e a volta da avenida ao centro do debate.

Palavras-chave

Patrimônio cultural edificado, áreas de preservação patrimonial, Avenida Presidente Vargas

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Biografia do Autor

Guilherme Meirelles Mesquita de Mattos

Arquiteto, Urbanista (EAU-UFF) e Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense (PPGAU-UFF) e Doutorando em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PROURB-UFRJ).


Referências

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