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O Caminho do Aterrado e o pensamento urbanístico no Brasil (1825-1853)

Resumo

O presente artigo enfoca um conjunto de propostas feitas entre 1821 e 1855 para a região que ia da antiga Ponte dos Marinheiros até a Praça Onze, no Rio de Janeiro. Conhecido também como Caminho do Aterrado, nos dias de hoje este local faz parte da Avenida Presidente Vargas. Este estudo se detém mais especificamente nas propostas de Grandjean de Montigny (1827), Aureliano Coutinho (1833), Henrique de BeaurepaireRohan (1843) e Irineu Evangelista de Souza (1851-55), pois se tem por hipótese que com elas se consolidou a expansão desta área da cidade. Ao desenvolver este estudo, abordando os atores sociais e suas práticas, busca-se um olhar mais complexo sobre esse processo de “interiorização”. Observando, portanto, a conformação de um campo de saber construir cidades onde se distinguem diferentes grupos – arquitetos, engenheiros, políticos e empresários –, em meio de uma série de debates, nem sempre convergentes, e guiados por diferentes visões de mundo

Palavras-chave

Caminho do Aterrado, Cidade Nova, Rio de Janeiro, Urbanismo

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Biografia do Autor

Priscilla Peixoto

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PROURB/FAU/UFRJ) e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).


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