No território da morte: cenários, pompas e urbanidade nos cemitérios do Rio
Resumo
O ponto de partida deste ensaio assenta-se no pressuposto de que houve, no Brasil, uma mudança nos modelos ou regimes da morte e de suas formas de sepultamento, respondendo eles a diferentes processos sociais, especialmente, a determinadas práticas das elites brasileiras e seus modos de reprodução e distinção sociais. Para isso, propõe-se uma reflexão sobre as práticas sociais mortuárias nos cemitérios oitocentistas do Rio de Janeiro, nos primeiros decênios do século XX, onde eram reafirmadas expressões e sensibilidades de gosto e de sociabilidade através dos quais os vivos referenciavam os seus mortos.
Palavras-chave
cemitérios do Rio de Janeiro, cenografia mortuária, urbanidade nos cemitérios
Biografia do Autor
Antonio Motta
Doutor em Antropologia Social e Etnologia na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. Mestre em História Moderna e Contemporânea na Universidade de Paris-Sorbonne. Professor do Departamento de Antropologia e Museologia, da Universidade Federal de Pernambuco/UFPE. Professor no Programa de Antropologia de Iberoamérica da Universidade de Salamanca-Espanha.